As minhas recomendações #1
Hoje apetece-me fazer um post sobre recomendações, que é algo que adoro fazer às pessoas da minha vida. Gosto genuinamente de partilhar quando encontro coisas interessantes para ler, ouvir, ver. Por isso, deixo aqui algumas delas, que tive o prazer de descobrir nos últimos tempos:
- Debaixo da Língua, podcast de Rui Maria Pêgo, da Rádio Comercial
Se eu pudesse escolher uma pessoa "conhecida" (não gosto deste termo, mas também não gosto do termo "famoso") da qual gostaria de ser amiga, o Rui Maria Pêgo seria a minha escolha. Acho-o uma pessoa super interessante e cheia de mundo; é culto, é um comunicador nato e brilhante. As conversas que tem com os seus convidados, no podcast, são tão bem desenvolvidas, as questões que coloca tocam nos "nervos" certos, a sua presença na conversa torna-a melhor, mais profunda, mas nunca se sobrepõe ao convidado. É empático, é divertido, é carismático e faz as perguntas certas, da forma certa. Ainda não ouvi um episódio que não achasse interessante e no qual não tivesse aprendido algo ou ficado a pensar em algum tema de forma diferente. O episódio com o ator Nuno Queimado, por exemplo, tem estado a ecoar na minha mente há dias. O episódio com a apresentadora Maria Botelho Moniz é inspirador. O episódio com a Andreia Criner fez-me sorrir o tempo todo e, pela primeira vez, ouvi duas pessoas (a Andreia e o Rui) a descrever na perfeição o porquê de os concertos serem experiências tão mágicas e intensas. Aconselho vivamente a darem uma oportunidade a este podcast; eu tenho ouvido enquanto trabalho, enquanto passo a ferro, arrumo a cozinha, é uma excelente companhia.
- Inacreditável, podcast de Inês Castelo Branco, da Rádio Comercial
Mais um podcast da Rádio Comercial que vale muito a pena. Confesso-vos que ainda nenhum episódio conseguiu superar o primeiro, que é sobre a experiência de Mónica, no tsunami de 2004, na Tailândia. Este primeiro episódio, que dá o pontapé de saída do podcast, é absolutamente avassalador e inacreditavelmente bom. Depois deste, há outros episódios interessantes e, como o nome do próprio podcast sugere, inacreditáveis. Histórias felizes, de coincidências, de situações engraçadas e que se tornaram em boas histórias para contar. A Inês é uma atriz incrível, como se sabe, mas vocalmente, a forma como narra e conta as histórias é envolvente e deliciosa. O que não é assim tão interessante, rapidamente se torna, através da sua voz, da tua entoação.
- Série de Livros Cottonwood Cove, da Laura Pavlov
Sabem a sensação de alegria de ler um livro de uma escritora que não conhecem, mas que ficam imediatamente a adorar? E a sensação de histeria de descobrir que ela tem vários livros publicados, que ainda estão a aguardar por vocês? É uma das coisas maravilhosas da vida. Tinha o Into the Tide há meses no meu kobo, a aguardar ser escolhido. Protelei, li outros livros, até que decidi dar uma oportunidade a este, que é o primeiro da série Cottonwood Cove. É escusado dizer que adorei. Faço o disclaimer, desde já, que é um romance e, por isso, não criem a expectativa de que é um nobel da literatura à espera de ser reconhecido. É uma leitura leve, cativante, com direito a final feliz, que eu tanto gosto. Tem os ingredientes que eu adoro num romance: tem dual POV; as personagens são cativantes, não só as principais, mas todas as restantes; é steamy, o que significa que temos uma história de amor com intensidade; está bem desenvolvido, não é um insta-love. Depois deste, já li os dois a seguir e encontro-me a aguardar pelo 4º livro da série, que será publicado em setembro deste ano. No que toca a leituras, tenho dado preferência aos romances, porque são a minha zona de conforto, de desafio, de aconchego e felicidade. Mesmo que sejam clichés, adoro sempre ler sobre amor, sobre duas personagens que se cruzam, que se conectam, se amam e desejam. Vibro com elas, sofro com elas, fico feliz quando tem direito ao seu final feliz e acredito, genuinamente, que os romances são a minha grande fuga da realidade, porque o mundo fica suspenso quando estou perdida no mundo dos livros. Fazem-me sonhar, suspirar e deliciar.
- Reputation, álbum de Taylor Swift
Não sei se alguma vez escrevi aqui sobre a Taylor Swift. Talvez porque nunca fui, nem sou, aquilo que se considera uma Swiftie. Sou, na verdade, alguém que inicialmente não gostava desta artista, não entendia o hype associado à mesma. E sou, também, a pessoa que ouviu o álbum Folklore e, depois, Evermore, e recolheu tudo aquilo que tinha lançado para o mundo anteriormente sobre esta pessoa. A Taylor Swift é um furacão musical e é raro assistir-se a um fenómeno desta dimensão, alguém que nasce na música country, consegue brilhar nesse registo e, ao mesmo tempo, desvincular-se do mesmo e abraçar outros estilos e fazendo brilharete em todos eles. Não sou, como já referi, uma Swiftie, porque não sou a fã dos anos iniciais, não gosto particularmente dos álbuns da Taylor adolescente, mas respeito-os. E sou verdadeiramente fã de trabalhos posteriores, como é o caso deste álbum, Reputation, que tenho ouvido em repeat e tenho adorado. Gosto da sonoridade, gosto das letras das músicas, da história e da mensagem que elas nos contam, gosto do facto de ser um álbum "chapada na cara, de luva branca" depois de uma época em que a Taylor esteve debaixo de fogo e a tentaram extinguir do meio. Não só não conseguiram, como libertaram a besta interior dela, no melhor dos sentidos, e nos proporcionaram esta maravilha musical. É especialmente bom ouvir este álbum assumindo esta perspetiva, imaginando-nos na pele dela ou simplesmente de alguém que passou pelas chamas e sobreviveu para contar a história.