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the old soul girl

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31
Ago23

Palavras sábias #2

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"I do not have the answer to the question of why, at least not now and not in this life. But I do know that there is incredible value in pain and suffering, if you allow yourself to experience it, to cry, to feel sorrow and grief, to hurt. Walk through the fire and you will emerge on the other end, whole and stronger. I promise. You will ultimately find truth and beauty and wisdom and peace. You will understand that nothing lasts forever, not pain, or joy. You will understand that joy cannot exist without sadness. Relief cannot exist without pain. Compassion cannot exist without cruelty. Courage cannot exist without fear. Hope cannot exist without despair. Wisdom cannot exist without suffering. Gratitude cannot exist without deprivation. Paradoxes abound in this life. Living is an exercise in navigating within them.

I was deprived of sight. And yet, that single unfortunate physical condition changed me for the better. Instead of leaving me wallowing in self-pity, it made me more ambitious. It made me more resourceful. It made me smarter. It taught me to ask for help, to not be ashamed of my physical shortcoming. It forced me to be honest with myself and my limitations, and eventually to be honest with others. It taught me strength and resilience."

Julie Yip-Williams, Letter to her daughters (July 2017) via Letters of Note

 

P.S - Estas palavras sábias chegam-me todas as semanas, através da newsletter do James Clear, autor do famoso (e incrível) livro Atomic Habits. Aconselho vivamente a que subscrevam, todas as quintas-feiras chegam pedacinhos de inspiração, de reflexão, de magia. 

21
Ago23

Reencontros felizes

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Este fim-de-semana encontrei uma amiga que já não via há imenso tempo. Uma amiga que conheci na infância, reencontrei na adolescência e que foi companhia e presença constante nos anos da faculdade. Uma daquelas pessoas que encarna o fenómeno agulha num palheiro, por ser tão especial que, de facto, nos faz sentir que dificilmente encontraremos alguém semelhante. Foi tão engraçado encontrá-la no meio de uma avalanche de gente, ver aquele sorriso no meio de tantos rostos e aqueles braços abertos para me receber num abraço apertado, de saudade e alegria. 

Poderia ter-se passado uma década desde o nosso último encontro, a nossa última conversa e, ainda assim, tenho a certeza que teríamos a mesma facilidade em comunicar uma com a outra. Há pessoas, há amizades assim. O tempo passa, passa por cada uma de nós, mas não machuca a conexão criada e é simplesmente fácil. É simples. É um regresso a casa. É aquela sensação de conforto e serenidade de estarmos num espaço familiar e seguro. 

Atualizamos as novidades das nossas vidas. Somos ambas da mesma área profissional e, como tal, partilhamos as mesmas dificuldades, desafios e dúvidas. Optamos por percursos muito diferentes, mas parece-me que o resultado final não difere assim tanto. Ela, sempre mais persistente e sonhadora, decidiu abraçar o desafio de continuar na nossa área; eu, mais pragmática e realista, decidi seguir de imediato para o plano b, que rapidamente se tornou no único plano possível. Hoje estamos as duas afastadas da nossa paixão, com algumas desilusões e amarguras colecionadas pelo caminho.

A verdade é que a faculdade foi um período dourado nas nossas vidas. Não por não existirem dificuldades e momentos duros, porque existiram e a maioria deles aconteceu na nossa vida pessoal e não tanto académica. Mas porque tivemos a felicidade de decidir estudar uma área que nos preencheu por completo e nos fez sentir que estávamos no sítio certo. Eu, pelo menos, passei grande parte da minha vida de estudante a sentir-me desintegrada. Nunca fui uma má aluna, pelo contrário, mas sempre me senti à deriva. Estudava para ter boas notas, porque sabia que era o meu dever, porque os meus pais me incentivavam a tal, mas nunca estudei com um propósito maior. Nunca soube o que queria ser, a não ser saber que queria ser feliz. E isso significa que, independentemente do que estivesse a fazer, eu queria sentir-me feliz a fazê-lo. Quando chegou o momento de escolher, a minha opção foi feita pelo método mais arriscado: exclusão de partes. Excluindo tudo o que tinha a certeza que não gostava e não queria, sobraram poucas opções em cima da mesma e foram essas as minhas escolhas. 

Por isso, descobrir que, no meio do acaso, a escolha foi a certeira, foi uma sensação que ainda hoje não encontro palavras para descrever. Acho que foram os cinco anos mais felizes da minha vida e nos quais me consegui descobri e ser finalmente eu, se é que isto faz algum sentido. Foram anos de muito crescimento, de desafio, de estar simplesmente no caminho certo. Cada descoberta era mágica e reforçava as minhas certezas. 

Ao encontrar a minha amiga, viajei até esses anos, tão bons, tão ricos. Tempos em que o tempo era meu, era da minha total e inteira responsabilidade. Em que o mundo parecia estar nas nossas mãos e tudo era possível. Foi tão bom encontrar uma das personagens principais dessa época e perceber que, apesar tudo, a amizade, a pureza, se mantêm intactas. E que, apesar de tudo, das nossas vidas não se terem concretizado exatamente como prevíamos e desejávamos, conseguimos encontrar novos caminhos, reconstruir propósitos, compreender que há muitas opções diferentes para se ter um final feliz e que Carl Rogers foi sábio nas suas palavras e visão da vida:

"The good life is a process, not a state of being. It is a direction, not a destination.". Estamos a caminho, querida amiga 

17
Ago23

Palavras sábias #1

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"Even before you do anything to help, your wholehearted presence already brings some relief, because when we suffer, we have great need for presence of the person we love. If we are suffering and the person we love ignores us, we suffer more. So what you can do—right away—is to manifest your true presence to your beloved and say the mantra with all your mindfulness: "Dear one, I know you are suffering. That is why I am here for you." And already your loved one will feel better."

Thich Nhat Hanh - Fear: Essential Wisdom for Getting Through the Storm

Tão verdade, tão ao encontro do que escrevi ainda esta manhã, sobre a importância de estar e não de fazer, de querer resolver. Às vezes, a presença é mesmo a resposta mais simples e eficaz. 

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