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the old soul girl

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24
Set20

#16 Self-care journal: 5 most beautiful moments you've ever witnessed

girl

Surpreendentemente, não foi difícil pegar num punho de momentos bonitos que já tive oportunidade de testemunhar. Claro que existem muitos, alguns até nem tão felizes, mas incrivelmente belos, no entanto, estes foram os cincos que surgiram mais rapidamente na minha cabeça. Neste desafio específico, gostava de vos ler e conhecer momentos bonitos que tenham experienciado. Quais foram? O que fez deles especiais? O que sentiram? O que é que isso diz acerca de vocês? Partilhem comigo enquanto eu vos deixo cinco dos meus.

1. Basílica de São Pedro

Foi o primeiro momento que me veio à mente quando li este desafio. Regressei de imediato às férias de maio de 2015, aquela longa semana, em que muitos estavam a viver a queima das fitas enquanto eu e o meu amor partimos para Roma, para viver e sentir na pele o verdadeiro significado de dolce far niente. No dia em que fomos ao Vaticano, estava um calor abrasador e eu, que lido mal com temperaturas acima dos 25º/27º, sentia-me sem grande paciência de ficar horas na fila, debaixo de sol, para entrar na basílica de S. Pedro. Mas o meu namorado fincou o pé e disse que valeria a pena. Não gosto de admitir, mas o rapaz tem (quase) sempre razão e quando entrei na basílica, senti-me esmagada pela beleza daquele lugar e pela fé que ali se sentia. Eu, que não me considero crente, não consigo não me emocionar quando me vejo rodeada pela fé e esperança dos outros, é algo que me comove e me faz sentir que, independentemente do que cada um de nós acredita, estamos todos juntos nesta aventura e, por vezes angústia, que é a vida. Ora, na basílica existe uma espécie de sala à parte, que é uma parte da igreja dedicada à oração. Está separada por umas cortinas e se queremos entrar nesse espaço, devemos manter-nos em silêncio como sinal de respeito por quem está ali a orar. Assim que ultrapassei as cortinas e entrei naquele espaço, fui invadida por um silêncio aconchegante, oposto ao som, barulho e burburinho que se ouvia fora, na basílica. Sentei-me num dos bancos e olhei em meu redor, quando o vi e não fui capaz de desviar o olhar. Num outro banco, ajoelhado, estava um senhor, com as mãos coladas uma à outra, em posição de reza, a olhar fixamente o altar. Enquanto orava, compenetrado na figura sagrada, chorava e sorria em simultâneo. Senti-o em paz. Como se encontrasse ali um conforto e uma tranquilidade perdidas algures. Nunca mais me esqueci daquele rosto, daquele momento e daquela sensação. Tanta gente que ali estava, focada em se fotografar a si e ao espaço, e aquele senhor parecia alheio a tudo e ali estava ele, a orar, quem sabe a agradecer, quem sabe a falar com quem já cá não está, como se estivesse envolvido numa bolha impenetrável.

 

2. Concerto de Jazz

Muito escrevi sobre este momento aqui. E foi tão incrível, tão maravilhoso, tão intenso, tão inesquecível, que aquela hora e meia de concerto será sempre um dos momentos mais bonitos que vivi e testemunhei. Porque não me consigo esquecer daqueles músicos entregues a si mesmos, alheios ao público, focados apenas no seu instrumento e na melodia, a transpirar música e a entregarem-se como se a vida coubesse toda ali, naquele momento, naquele palco. Ouvir música é uma das experiências pela qual vale a pena viver, mas ter a oportunidade de ver a conceção da música é sublime. 

 

3. Concerto de gospel 

Mais um concerto, é verdade, e deixo já o disclaimer que não ficarei por aqui. Uma atmosfera completamente diferente da que vivi no concerto de Jazz, mas igualmente incrível. Escrevi também sobre este momento e torno a fazê-lo porque aquelas duas horas de concerto foram das mais alegres e divertidas que já vivi. Quando olhei para a sala onde estava só via todas as pessoas, de uma ponta da sala à outra, de pé, a dançar, a cantar bem alto, despidas de vergonhas e entregues à música. O grupo de gospel rendido ao público e o público rendido a eles. Foi um momento de união, como se cada alminha ali presente estivesse alinhada e unida pela alegria que é viver e que é celebrar a vida. No nosso quotidiano, creio que agimos todos em modo automático, porque as exigências são tantas que não há tempo para parar, respirar e apreciar onde estamos, com quem estamos ou até quem somos. Naquele momento, senti que estávamos todos presentes, a viver apenas aquele momento e, por isso, senti-me tão viva. 

 

4. Consolo de um coração partido

Sei que escrevo muitas vezes sobre a minha família e nem sempre são as palavras mais felizes e apaixonantes que lhes dedico. E também sei que, embora não sejamos mais aquela família de quatro, unida e pronta para o que der e vier, teremos sempre essas memórias de quando éramos felizes. Serão sempre nossas e uma das mais especiais, que me comoveu muitíssimo, foi quando vi o meu pai consolar a minha irmã, após esta sofrer o seu grande primeiro desgosto de amor. A nossa união era de tal forma que naquele dia não se partiu um só coração, mas sim quatro. E foi ternurento ver o meu pai abraçá-la, conforta-la com as palavras mais doces, ternas e sinceras, a assegurar-lhe de que era linda, especial, perfeita e que alguém iria dar-lhe todo o valor que ela possui. É que o meu pai, embora tenha falhado redondamente como marido, foi, é e será sempre um super pai. E aquela imagem deles os dois juntos será sempre comovente. 

 

5. Concerto de orquestra de música clássica

De cinco momentos, três deles são relativos a música, eu sei, é pouca variedade, mas não posso evitar que sejam estes os momentos mais felizes que já presenciei. Este último é o mais recente e foi uma autêntica catarse emocional para mim. Chorei desde a primeira nota tocada até à última. Encharquei a minha máscara, lavei a minha alma naquela hora e meia e tudo pela beleza e pela gratidão daquele momento. Observar uma orquestra a tocar é magistral e digno do adjetivo "perfeito". A sincronia, as melodias e harmonias, a forma como o todo abraça e se estende para além da soma das partes, a coordenação sentida e rigorosa do maestro, que vibra com cada corda, cada sopro e percussão. Olhava e escutava os músicos e sentia que era como estar a vislumbrar uma obra de arte em movimento e composição. As emoções não couberam dentro de mim, acabando por transbordar. Novamente, a sensação de estar viva, de me sentir maravilhada e grata, de estar sintonizada com aquele momento. 

23
Set20

#15 Self-care Journal: List 10 things you love about your body.

girl

Estive ausente, o desafio dos 100 ficou em stand-by, mas foi pelo melhor motivo que pode existir: fui de férias. Ainda pensei em escrever, senti até vontade de o fazer, mas confesso que a vontade de pegar no computador ultrapassou a de escrever e, por isso, gozei as férias bem longe de ecrãs e monitores. Muito há para escrever e muito será escrito, a seu tempo, mas por agora dedico-me a enumerar as 10 coisas que adoro no meu corpo. Estou em crer que este desafio entrou nas listas temáticas de 10 coisas e que destas não me livrarei tão cedo. 

Quero esclarecer, antes de iniciar a minha lista, que os itens que se seguem são relativos ao meu corpo no sentido mais amplo que possa existir. Não pensei escrever apenas acerca das partes do meu corpo de que mais gosto, porque eu adoro o meu corpo como um todo e grande parte desta lista é constituída por funções que o meu corpo é capaz de fazer e que me permitem desfrutar em pleno da vida. Posto isto, vamos nessa:

1. Respira

Sim, enquanto respirar, o meu corpo permite-me manter-me viva e na vida. Adoro respirar fundo, sentir o ar invadir-me o corpo de uma ponta à outra, crescendo para, depois, esvaziar lentamente. Ar é vida, por isso, a primeira coisa que adoro no meu corpo é a sua capacidade de respirar (e bem).

 

2. Movimento

O meu corpo é capaz de se mover, seja andar, correr ou saltar. Leva-me a qualquer lado, é o veículo de transporte mais luxuoso em que já andei. Adoro como me proporciona conhecer o mundo, como me permite gastar energia. O que mais gosto quando estou a fazer exercício físico é a sensação de movimento, de sentir o corpo esticar, dobrar, saltar. 

 

3. Até à data, poucas paragens para manutenção

*isola* Até aos dias de hoje, o meu corpo comporta-se maravilhosamente. Tem um ou outro momento de falha técnica, o que é naturalíssimo de uma máquina que trabalha 24/7, mas nunca me deixou ficar mal nem em apertos. E isso é, sem dúvida alguma, algo merecedor de adoração. 

 

4. Permite-me experienciar os 5 sentidos (embora uns mais apurados do que outros)

Recentemente fiz uma meditação da Sarah Blondin, de quem já falei aqui, na qual fui guiada a focar-me na vida sagrada que vive dentro de mim (e na verdade, de todos nós). A meditação começou por me guiar a colocar as mãos nos olhos e agradecer pelo dom sagrado que é a visão. Depois, nas orelhas, a audição. Na garganta, a capacidade de fala. No coração, a vida a pulsar. Os sentidos permitem-nos experienciar o mundo, desfruta-lo, saborea-lo. E tal só é possível se tivermos um equipamento eficaz. 

 

5. Aguenta com as minhas crises existenciais e ataques de nervos

Nem sempre sou a melhor amiga do meu corpo. Nem sempre lhe dou o melhor combustível, enchendo-me (algumas vezes) de guloseimas e comidas não tão saudáveis. Nem sempre lhe dou o descanso que merece, quando me deito tarde e acordo cedo, quando faço scroll infinito e extermino qualquer produção de melatonina. Nem sempre lhe dou o movimento que precisa, sobretudo naquelas horas sedentárias de trabalho em que até ir à casa de banho parece uma tortura. Nem sempre respiro fundo e o preencho de calma, quando me entrego a pensamentos negativos e cenários catastróficos que só existem na minha mente, é certo, mas que o meu corpo não é capaz de distinguir se é real ou ficção e, como tal, reage como se se tratasse de algo realmente sério e perigoso. Mas, mesmo assim, o meu companheiro de viagem aguenta todos estes embates. Quando reclama, é quando já está bem perto do seu limite. E, muitas vezes, nem assim o ouço e ele, coitado, é obrigado a por o pé no travão com decisão e assertividade, para me forçar a ouvir as suas queixas. Ele aguenta o que pode e não pode e ainda me avisa quando os níveis de energia estão a entrar na reserva.

 

6. Sorri o tempo todo

Gosto de sorrir e gosto de sorrisos. Acho que já escrevi mais vezes sobre sorrisos do que outro assunto qualquer. Por isso, claro que era item obrigatório nesta lista. Se há coisa em mim que adoro, é o sorriso. 

 

7. Pés

Ah, pés! Não conheço quase ninguém que goste dos seus, mas eu adoro os meus. Pequeninos, gordinhos e perfeitinhos. Levam-me a todo o lado e permitem-me manter-me bem assente na terra. 

 

8. Maminhas (sim, inhas)

Esta foi, durante algum tempo, uma relação de ódio e negação. Muito soutien push-up habitava na minha gaveta. Não gostava das maminhas, pensava que tinha tão pouca sorte! Deus dá tanto a umas e tão pouco a outras! A verdade é que hoje adoro que sejam assim: inhas. Mais do que aceitar, passei mesmo a gostar delas. Só vejo vantagens: posso dormir de barriga para baixo sem qualquer problema, dores nas costas não sei o que são, qualquer soutien de 5€ serve para as manter no sítio, etc. E, mais importante, grandes ou pequenas, querem-se saudáveis. Essa é a maior dádiva.

 

9. Cabelo 

Gosto do meu cabelo, acho-o não só bonito, como uma extensão da minha personalidade, um elemento que compõe na perfeição o quadro da minha pessoa. É cheio de energia e dinâmica, ensinou-me que tem vontade própria e que na vida não podemos controlar tudo!

 

10. É o meu

É o que tenho e, por isso, é com ele que tenho de viver. Gosto do meu corpo, mesmo com as suas imperfeições inevitáveis e associadas. Gosto de olhar para ele e sentir-me bem, em casa. Porque é isso que ele é: a minha casa. Onde estou, ele está. Por isso, há que aceitar e aprender a gostar, sobretudo das coisas menos perfeitas porque são essas, tantas vezes, que nos tornam únicos. 

31
Ago20

#14 Self-care Journal: Brainstorm 10 new exciting ideas you might want to try

girl

1. Aprender a tocar um instrumento (saxofone)
2. Apreder uma língua nova (italiano)
3. Fazer parte de uma associação (por exemplo, clube do livro, voluntariado)
4. Fazer uma viagem intercontinental
5. Ter aulas de dança
6. Fazer uma pós-graduação
7. Fazer uma road-trip (com duração de, pelo menos, 1 mês)
8. Fazer um retiro espiritual
9. Ir a um concerto de música clássica
10. Trabalhar por conta própria

27
Ago20

#13 Self-care Journal: Write a list of your top 10 most exciting moments in your life.

girl

Ando a procrastinar esta resposta, porque acho muito difícil escrever sobre os dez momentos mais entusiasmantes da minha vida. Por um lado, parece-me que não existe nada digno de entrar neste top 10, o que me faz sentir mesmo desinteressante. Por outro, acho que existem tantos momentos que já vivi com euforia e excitação que não sei como escolher apenas 10. Ando a arrastar esta lista, todos os dias tento acrescentar mais um momento que me marcou pela forma entusiástica como o vivi, mas confesso-vos que é um exercício exigente. Tentem fazer apenas este desafio dos 100 que são propostos e depois digam-me o que acharam. 

Ora bem, vamos lá falar dos dez momentos mais entusiasmantes da minha vidinha, que já conta com um quarto de século:

1. Quando me apaixonei pelo meu amor
Não foi um momento, é certo, foram vários. Apaixonei-me sem me aperceber, deixei-me levar e nunca esquecerei o dia em tomei consciência da dimensão dos meus sentimentos. Foi como se a terra estremecesse, mas apenas no metro quadrado que eu ocupava; somente eu senti os efeitos avassaladores daquela queda na realidade. Passou-se uma década e ainda sorrio quando ouço a For Once in My Life do Stevie Wonder. Naquele dia, com um sorriso do tamanho do mundo, foi isso mesmo que senti: for once in my life I have someone who needs me, (...) for once unafraid I can go where life leads me.

2. Sempre que viajamos juntos
Pensei referir a primeira vez que viajamos juntos, mas não seria justo, porque a verdade é que todas as viagens que fazemos, por muito curtas e singelas que sejam, têm entrada direta para o meu álbum de recordações favoritas de todo o sempre. Adoro quando nos perdemos num lugar novo, à descoberta, a absorver e partilhar tudo um com o outro. Quando éramos mais novos, sempre que embarcávamos numa viagem, eu sentia que te roubava do mundo e te tinha só para mim o tempo todo. Adoro descobrir tudo contigo, és e sempre serás o melhor companheiro de viagem. Mesmo nas viagens quotidianas para o trabalho e do trabalho para casa. Contigo, tudo é uma aventura. 

3. 10 de Julho de 2016 
Será sempre um dos momentos mais felizes que já vivi. Estava com os meus amigos, foi a euforia das euforias: Portugal sagra-se campeão europeu! Começamos todos aos saltos, aos abraços, saímos disparados para a rua festejar, a alegria não cabia dentro de nós. Foi daqueles momentos em que olhei em meu redor e senti que seria uma daquelas memórias épicas que irei contar aos meus (futuros) filhos. 

4. A faculdade
Eu sei que estou a ser a maior batoteira neste desafio, mas não consigo selecionar apenas um momento entusiasmante. Sobretudo no que diz respeito à minha experiência universitária. Não fiz parte da praxe, não fui a festas académicas, não tive a experiência que é habitualmente associada à faculdade. Mas fui imensamente feliz nos anos em que lá andei. Foi a oportunidade de viver sozinha pela primeira vez, a responsabilidade de estar por minha conta e ter, pela primeira vez, a liberdade de fazer as coisas à minha maneira; foi ter escolhido a área certa, mesmo tendo sido uma escolha completamente às cegas; foram os amigos que lá fiz, a família que construí e que trago comigo para toda a vida; foi, acima de tudo, a sensação de estar no sítio certo, no lugar onde pertencia. Foram anos de desafios, de aprendizagens, de sentir que o esforço e empenho, a somar à paixão, se refletiam nos resultados obtidos. Cresci muito naqueles cinco anos, conheci pessoas incríveis que me inspiraram a ser não só uma boa profissional, mas uma melhor pessoa. 

5. O dia em que passei no exame de condução
Eu fui para o exame de condução com a certeza de que iria chumbar. Era um dado adquirido. Apenas tinha um objetivo: não chumbar de imediato no centro de exames, ao deixar o carro ir abaixo três vezes seguidas. Eu estava tão certa que ia falhar, que acabei por passar. Lembro-me de que a certeza do falhanço me libertou do medo de realmente falhar. Então, como estava sem esse peso, aproveitei o momento e desfrutei, conduzi com prazer e gosto. Nesse dia percebi como o medo de falhar pode paralisar uma pessoa e a falta dele permite que o verdadeiro potencial se evidencie. Porque eu fui convicta de que era um chumbo imediato, o meu colega foi convencido que ia ensinar o engenheiro a conduzir. Ele estava nervoso porque sabia que tinha de fazer boa figura, tinha de fazer uma figura que correspondesse ao que realmente ele sabia conduzir. Já eu, que sabia que era péssima (ou achava que era), convenci-me de que já estava derrotada e vencida, não tinha nada a provar. Quando percebi que tinha passado, sem erros graves e perigosos, fiquei em êxtase. E acreditei, pela primeira vez, na sorte. Porque ainda demorei muito tempo a acreditar que não fora apenas sorte, mas também alguma competência da minha parte.

6. Concerto de Jazz com a minha mãe

Este aconteceu no ano passado, em pleno inverno, numa das salas de teatro mais bonitas do nosso país. Como companhia levei a minha mãe, que ia cheia de medo de achar o concerto entediante e ter de o suportar até ao fim. Eu ia com a certeza de que seria incrível e saí de lá dececionada, porque o concerto conseguiu ser ainda mais magnífico do que eu já suspeitava que seria. Quando me lembro daquele momento, arrepio-me pela forma como a minha memória se mantém intacta, preservando todas as emoções e sensações que experienciei. Foi um daqueles momentos na vida em que nos sentimos tão vivos e, simultaneamente, tão gratos por cá estarmos e podermos usufruir de algo tão belo como é a música. Além disso, foi um momento que partilhei com a minha mãe e fez-me tão feliz vê-la a desfrutar e a maravilhar-se. Foi uma felicidade multiplicada, que tornou tudo ainda mais perfeito.

7. A última grande viagem em família

Sim, fiquei doente, arrestei-me durante dias para acompanhar os meus pais e a minha irmã, mas foi a nossa última grande viagem enquanto família de quatro. Foi aquela viagem em que usufruímos sem olhar a nada, em que fomos só nós numa cidade completamente desconhecida e fomos nós mesmos, com tudo que isso inclui. Rimo-nos, vimos um dos espetáculos mais incríveis de sempre, passeamos, mimamo-nos. Na altura já me tinha parecido bom, mas agora ao olhar para trás ainda consigo dar mais valor àqueles dias que passamos os quatro. Depois dessas férias fizemos outras, mas nenhuma foi tão especial como essa. 

8. As noites passadas na casa da minha avó

Por mais lugares que descubra, concertos que assista e experiências que viva, vai sempre existir um cantinho especial, ao estilo catedrático, para as noites em que dormia na casa da minha avó. Eu sentia um entusiasmo tão grande sempre que me era permitido ir dormir com a minha avó, que cada vez que ia me sabia à primeira, mesmo já tendo ido centenas de vezes. Sentia-me sempre tão feliz de saber que ia dormir naquela cama gigante, quentinha, com a minha avó a abraçar-me; que ia comer a melhor das melhores das refeições, aquele bife tenrinho, cheio de batatas fritas e ovo estrelado por cima; que ia ver desenhos animados uns atrás dos outros, apenas sendo interrompida para lanchar aquelas torradinhas barradas a manteiga e o leite achocolatado, que era mais chocolate que leite; que ia tomar longos banhos de espuma; que ia acordar naquele quarto tão acolhedor e familiar, o da minha avó. Não, não há experiência que apague este entusiasmo inocente e infantil que eu sentia sempre que estava na casa da minha avó.  

9. Os passeios de canoa com a minha irmã e o meu pai

Era tão divertido enfiar-me numa canoa com o meu pai e a minha irmã, determinados a desbravar o rio e chegar o mais longe possível. A natureza, as gargalhadas, o cansaço do meu pai que, a dado momento, já remava pelos três, o encostar da canoa em terra para descansar e usufruir das praias desertas, o sol a queimar a pele com o contraste da água fresca e fria. Com o tempo fomos deixando de fazer coisas em conjunto e de passarmos tempo juntos. Apareceram os namorados e amigos, a escola, a falta de tempo e a distância acabou por se impor. Mas tenho saudades destes planos aventureiros que fazíamos. 

10. O Natal

Para fechar em grande, só poderia escrever acerca do Natal. Não de um em específico, mas de todos, os passados e aqueles que o futuro me reservar. O Natal é a minha época favorita do ano, é sinónimo de casa cheia, de partilha, de amor, de convívio, de contrastar o frio das rua com o calor da casa quente e acolhedora. Mesmo com a família desmembrada, o Natal não perde a sua magia e eu pareço sempre uma criança pequena, maravilhada com tudo. 

24
Ago20

#12 Self-care Journal: Describe the perfect smorgasbord.

girl

Eu não sei quanto a vocês, mas eu nunca tinha lido esta palavra na vida. Smorgasbord é uma refeição com vários pratos,  quentes e frios, servida ao estilo buffet.  Posto isto, coloquem a babete porque o que se segue são as iguarias que mais me deliciam. Não que me imagine a come-las todas à mesma refeição, mas se chegasse a um restaurante buffet eram estes os pratos que gostaria de encontrar à minha disposição:

  • Cogumelos com castanhas (sim, parece estranho, mas é a combinação mais genial que já provei na vida!)
  • Cogumelos, de diferentes variedades, salteados 
  • Cogumelos com queijo (acho que começam a perceber que tenho um certo fascínio por fungos)
  • Queijos (com preferência para mozarella buffala e gouda)
  • Vegetais (palitinhos de cenoura crua, tomate cherry - não me digam que o tomate é um fruto!, alface, pepino, pimentos vermelhos, espargos!)
  • Batata doce (em puré, frita, assada, de todos os modos!)
  • Batatas fritas (de pacote, sem ser esquisita!) 
  • Marisco
  • Crepes chineses (com legumes, de preferência)
  • Sushi (só não gosto daquelas peças com fruta - fruta é só depois da refeição e não na refeição)
  • Francesinha
  • Massa (imaginem aquelas massas italianas, divinais)
  • Risotto (de camarão, de coguemelos, ...)
  • Pizza (sem ananás, como é claro!)
  • Grelhados (costelinha, frango, picanha, ...)

E acho que já chega. Só escrever isto já me abriu o apetite. 

24
Ago20

#11 Self-care Journal: Journal what you love most about your closest friend or family member.

girl

Para responder a este desafio, a primeira pessoa que me veio à mente foi a minha irmã. Escolher uma entre milhares de características da minha irmã que eu adoro é ingrato, mas não é difícil. O riso dela e o sentido de humor que partilhamos. A minha irmã é, muitas vezes, a única pessoa que se ri das mesmas coisas que eu. É a única que vai às lágrimas, de tanto rir, comigo, porque achamos piada às mesmíssimas coisas. Eu adoro esses momentos em que achamos que encontramos uma coisa hilariante, em que nos rimos como umas perdidas, e quando partilhamos com alguém, a reação não acompanha a nossa. É como se este sentido piadético fosse uma coisa só nossa, uma linguagem que somente nós partilhamos e eu adoro isso nela. 

18
Ago20

#9 Self-care Journal: If you could act in any movie, what character would you like to play and why?

girl

Celine do Before Sunrise (e também Before Sunset e Before Midnight)

When you talked earlier about after a few years how a couple would begin to hate each other by anticipating their reactions or getting tired of their mannerisms-I think it would be the opposite for me. I think I can really fall in love when I know everything about someone-the way he's going to part his hair, which shirt he's going to wear that day, knowing the exact story he'd tell in a given situation. I'm sure that's when I know I'm really in love.

Esta trilogia - Before Sunrise, Before Sunset e Before Midnight - está no meu pedestal de melhores filmes de sempre, ocupando um lugar generoso no meu coração. Assim que li a pergunta, soube de imediato que gostaria de estar no papel de Celine. Não no sentido de representar este papel, mas de o experienciar verdadeiramente. Adoraria viver uma aventura como Celine e Jesse que, sendo perfeitos desconhecidos, decidem ir explorar Viena juntos até o próximo comboio do dia seguinte os levar a destinos diferentes. Adoraria perder-me pelas ruas de Viena e perder-me, de igual modo, na viagem que é conhecer alguém do qual não sabemos rigorosamente nada e, ainda assim, ficar a conhece-lo melhor do que tanta gente que faz parte da sua vida há tanto tempo. Adoraria correr riscos e aventurar-me mais vezes, dar mais saltos de fé no vazio, sem pensar tanto nas consequências. Adoraria perder-me em conversas como Celine e Jesse, acerca da vida, do amor, da morte, dos sonhos e das desilusões. Adoraria ter tempo para poder fazer tudo isto, sem pressas. Adoraria parar mais vezes e olhar com mais atenção para tudo que me rodeia. 

If there's any kind of magic in this world... it must be in the attempt of understanding someone, sharing something. I know it's almost impossible to succeed... but who cares, really? The answer must be in the attempt.

18
Ago20

#8 Self-Care Journal: Describe your perfect beach day.

girl

O meu dia de praia perfeito é céu azul e sol ao alto. É um dia quente, com um ligeira brisa suave, que não incomoda, pelo contrário, completa a perfeição deste quadro. É enterrar os pés na areia escaldante e ir a correr até à areia molhada para não ficar com eles todos queimados. É estender a toalha à pressa, tirar a pouca roupa, arrumar tudo à velocidade da luz e ir de imediato à beira-mar avaliar a temperatura da água. É sentir a água quente (um conceito que varia de pessoa para pessoa, de acordo com o termóstato interno de cada um) e ir avançando com as ondas, sem medos, até ao momento que a água já nos toca na barriga e a única opção é mergulhar. É flutuar na água, de braços e pernas abertas, como as estrelas do mar, e olhar para o céu azul e sentir o sal e sol no rosto. É ir com as ondas, brincar no meio destas, sentir o corpo leve e solto, como se não nos pertencesse. É ficar com os dedos enrugados, semelhante às uvas passas, e olhar para o areal e ver famílias, grupos de amigos, namorados, crianças, todos a divertirem-se, alheios a todos, vivendo o momento presente. É regressar à toalha e fazer dela a melhor e mais confortável cama. É sentir o sol queimar cada poro, as gotas de água a deslizar pelo corpo, os lábios salgados e uma felicidade estúpida e simples no rosto. É fechar os olhos e quase ceder ao sono, mas resistindo sempre, ouvindo vozes alternadas aqui, ali e acolá, as ondas a arrebentar, a conhecida "olha a bolinha!!". É sentir o batimento do nosso coração e ter a certeza de que a praia é um lugar de encontro, onde podemos apenas ser. É ser devorado por uma fome cuja origem é desconhecida, mas que nos faz querer comer este e outro mundo e, ainda assim, não ficar saciado. É caminhar pelo areal, alternando o olhar entre o horizonte do mar e as conchas e búzios que se escondem entre os nossos pés. É sentir o corpo mole e cansado de não fazer rigorosamente coisa nenhuma. É ser apanhado numa moleza que convida a sesta, que atenua todos os pensamentos e estimula todos os sentidos. É chegar a casa e tomar um banho que limpa todo o sal e areia, hidratar o corpo e senti-lo quente e queimado, vestir uma roupa leve e solta, olhar ao espelho e ver as bochechas rosadas, o cabelo molhado e livre, o sorriso de quem usufruiu e foi feliz. 

17
Ago20

#7 Self-care Journal: top 10 travel destinations

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Quando me pedem para enumerar sítios que gostaria de conhecer, o meu cérebro fica em modo estático e não consegue decifrar a mensagem. Eu adoraria conhecer o mundo inteiro, pelo que me parece difícil selecionar apenas 10 destinos. Simultaneamente, há locais que gostaria de visitar pela sua beleza e história, mas a sua situação atual faz-me ficar um pouco receosa, como é o caso de quase toda a América do Sul. Mas enfim, deixemo-nos de conversas e vamos lá embarcar nesta jornada. Em alguns casos especificarei cidades, noutros apenas direi os países, porque há países em que gostaria de conhecer muito mais do que apenas uma cidade:

1. Nova Iorque

 

2. Islândia

 

3. Grécia

 

4. Suiça

 

5. Aústria

 

6. Canadá

 

7. Amesterdão

 

8. São Francisco

 

9. Croácia

 

10. Vietname

 

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