sorriso
Nesta vida maravilhosa, há uma série de prazeres, dos mais pequenos aos maiores, que me deleitam. Poderia enumerar tantos, desde a leitura compulsiva de um bom livro, uma boa chávena de chá quente num dia frio, um gesto de amor, viajar, um elogio inesperado. Mas quanto mais refletia naquele que é o meu prazer inenarrável, mais percebia que não podia ser nenhum destes. Um prazer deste calibre deve ser um prazer simples, tão singelo que se torna indescritível o seu impacto e força. Para mim é sorrir.
Chamem-me pirosa, lírica ou ingénua, mas, para mim, um sorriso simpático pode transformar o dia de alguém. Sou a típica romântica que acredita que um sorriso não custa nada a quem o dá e vale tudo para quem o recebe. E isto não é agora, sou assim desde que sou gente. Sorrir é o meu super poder neste mundo cada vez mais caótico e doido, em que toda a maioria das pessoas se esquece que tem uma arma na face e que podia premir o gatilho sempre que assim o desejasse. Uma arma que dispara uma bala de bondade e afeto, de cuidado, de boa disposição, de compaixão, gritando "estamos todos neste barco chamado vida!".
O meu maior prazer é este. Simplesmente sorrir. Sorrir a mim, aos outros, ao mundo e à vida. Mesmo que não haja motivo nem explicação.