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the old soul girl

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03
Fev20

Indignação!

girl

Indignação. É a palavra desta segunda-feira, que ainda vai a meio e já vi um bocado de tudo. Sou uma pessoa indignada com as coisas, não consigo não permitir que me afetem, pelo menos ao ponto de não ter uma opinião sobre elas. Adoraria ser como aquelas pessoas que ouvem barbaridades, testemunham a idiotice dos outros sem sentirem vergonha alheia e sem se sentirem indignados. Eu sempre fui o oposto. Quando vejo alguma coisa que não está correta, quando me deparo com injustiças, tenho de falar. Eu tento controlar esta pulsão interior, a sério, tento com todas as forças. Mas é quase sempre mais forte do que eu e acabo sempre por arranjar (ou criar) oportunidade para falar sobre o que não está bem. Às vezes só faço figura de parva, outras vezes só arranjo lenha para me queimar e já tenho aprendido a ser mais calma e a compreender bem as situações, em primeiro lugar, para só depois agir sobre elas. E, outras vezes, consigo ajudar alguém e é por este nº de vezes, ainda que reduzidas, que ainda me indigno e falo. É por esta necessidade que me atravesso, sujeita a ouvir o que não quero, pelos outros. Porque não consigo ficar indiferente aos problemas dos outros e acabo, frequentemente, por os absorver como se fossem meus, o que também não está certo. Mas envolvo-me, irrito-me, sinto o calor subir-me ao rosto e o estômago a contorcer-se perante injustiças e, acima de tudo, perante o sofrimento dos outros.
Acaba de me acontecer mais um episódio de indignação. Desta vez, comigo, com a minha pessoa. E por mais que odeie sentir-me assim, sei que são estes momentos em que fico estupefacta, a tentar compreender se sou eu que estou a ver mal as coisas, que se acendem as luzes e se dá o click. É o meu momento eureka, o meu "ah!". É o momento em que ganho ainda mais certezas de que não é este o meu local, não é este o meu destino. E sei que tenho repetido neste blogue inúmeras vezes este discurso, estas conclusões repetitivas. Mas de cada vez que o escrevo, reúno certezas e, acima de tudo, forças para procurar a mudança. Porque a mudança é um percurso longo e sinuoso, não se faz de imediato, por maior que seja o nosso desejo.
Por isso, embora me traga tantos dissabores e dores de barriga, gosto dos meus momentos de indignação. Acordam-me para a realidade e reforçam a minha vontade de mudar. Boa segunda-feira para todos!

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