gente mesquinha
Haja cada vez mais paciência e imunidade para lidar com a mesquinhez humana. Não digo que todos temos de nos ajudar e sermos os melhores amigos, mas já seria bom se não nos tentássemos prejudicar deliberadamente.
O mundo provavelmente sempre foi assim, mas eu tive a sorte de viver numa bolha protegida durante a maior parte da minha vida. Foi preciso chegar ao mercado de trabalho para que a bolha rebentasse e me pudesse aperceber que as pessoas são mais como a minha mãe me dizia que eram do que eu poderia alguma vez imaginar.
Hoje é um daqueles dias em que sinto que paciência não é suficiente. É preciso todo um antídoto contra gente estúpida, mesquinha e que se preocupa mais com o trabalho dos outros do que com o seu. O que me vale é pensar que já falta menos de uma hora para me por andar daqui e saber que nem todas as pessoas com quem trabalho, felizmente, são desta natureza rara. Ah, e claro, saber que mal ponha os pézinhos fora daqui, posso regressar à minha bolha. Porque apesar de testemunhar o que de pior há nas pessoas, continuo a preferir focar-me no que há de melhor. A única questão é que nem todas as pessoas valem a pena esse esforço e estas certamente não valem.
Só lamento dedicar-lhes alguma atenção a escrever estas palavras. Mas foi mais forte do que eu, até porque se não escrever, não sei como poderei canalizar esta frustração. Quer dizer, provavelmente até sei, mas poderia valer-me um processo disciplinar com vista a despedimento. E isso sim, seria dar-lhes toda uma importância que não têm nem merecem!