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the old soul girl

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12
Out19

books of 2019 #2

girl

Olá, olá, olá! Antes de mais, bom fim de semana a todos, espero que aproveitem ao máximo estes dois dias de descanso que não passam, voam! 

Volto para dar continuidade à lista de livros lidos este ano. Esta lista está em permanente atualização, porque nunca paro de ler e novos livros são adicionados constantemente. No entanto, vamos indo e vamos vendo (ou, neste caso, lendo!).

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11 e 12 - A morte do Comendador Vol. 1 e Vol.2 - Haruki Murakami - acho que Haruki Murakami merecia uma secção única, dedicada só a si. É dos meus escritores preferidos de sempre e sinto que não existem palavras suficientes para falar do quão incrível e talentoso este homem é. Já li vários livros da sua autoria e, se quiserem, posso dedicar-me, num outro post, a fazer uma espécie de top 5, na minha mais modesta e humilde opinião, está claro! Mas pronto, prosseguindo: A Morte do Comendador é uma obra que, para os leitores habituais de Haruki Murakami, não desilude, não desfaz expectativas. É uma obra de encontro, na medida em que voltamos sempre a reconhecer e reencontrar as características que o tornam num escritor tão singular: a solidão, a introspeção, o mundo fantástico que se cruza com o real como se fossem complementares, ambos lados da mesma moeda. Há tanta profundidade e simplicidade nesta obra, somos levados numa viagem tão alucinante que, a dada altura, já não sabemos sobre quem estamos a ler: se é sobre a personagem ou sobre fragmentos de nós mesmos. Vale mesmo muito a pena ler esta obra, dividida em dois volumes. Quando acabei o primeiro, o segundo ainda não tinha saído, pelo que um vazio instalou-se automaticamente: queria e precisava de saber mais sobre aquela história! Haruki Murakami é sempre uma aposta ganha e segura, acreditem.

13. Norwegian Wood - Haruki Murakami - não querendo entrar em repitação de tudo o que já escrevi anteriormente, mas, ao mesmo tempo, não podendo deixar de frisar novamente: leiam Haruki Murakami! Esta obra é uma boa opção para conhecer o autor e a sua escrita, pois lê-se mesmo muito bem, é uma história cativante e cheia de surpresas. Um romance contemporâneo que nos prende num segundo e só peca por terminar. 

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14. O Tatuador de Auschwitz - Heather Morris - este livro só é desconhecido para os habitantes de Marte. Está há imenso tempo no top de vendas e não é à toa: é incrível! Primeiro, tratando-se uma história verídica, o envolvimento com o livro é imediato. Sentimos logo, desde a primeira página, uma ligação com aquelas pessoas que não são personagens, são reais. Tudo que passaram não é, infelizmente, ficção. Depois, apegamo-nos a essas mesmas pessoas porque, embora tenham passado por tanto (tanta dor, tanta fome, tanto frio, tanto medo), nunca desistiram de lutar pela sua vida e pela dos outros. Os seus atos de generosidade, de amizade e amor podiam, tantas e tantas vezes, ser o caminho direto e rápido para a morte e, mesmo assim, estas pessoas nunca deixaram de agir por amor e nunca por medo. Acho que por mau, por muito horrível que todos saibamos que foi Auschwitz, nunca nos deixamos de impressionar pelos relatos do que por lá aconteceu e pelo que fizeram a tanta gente inocente. É sempre medonho, a barriga nunca deixa de se contorcer e um nó nunca deixa de se formar na garganta. Com este livro todas essas sensações são despoletadas; no entanto, também surge a esperança, a alegria, a força, a resiliência e a gratidão. Por isso, leiam esta obra prima, porque mais do que um excelente livro, trata-se de uma inspiração para a forma como cada um de nós vive esta tão magnífica dádiva que é a vida.

15. A Educação de Eleanor - Gail Honeyman - ora aqui está um livro que me fez agradecer o facto de ser persistente. Digo isto porque, tenho a confessar que no início não estava a gostar nada deste livro. Só pensava como a personagem principal, Eleanor, era estranha e como nada me fazia muito sentido. Mas a persistência (ou teimosia) falou mais alto e lá continuei. E ainda bem que o fiz, porque a dado momento a Eleanor, inicialmente estranha, começa a ocupar um lugar no nosso coração, dando cada vez mais sentido à expressão "primeiro estranha-se, depois entranha-se!", e começamos a compreender cada vez melhor o seu universo. Depois, à medida que vamos lendo e descobrindo mais, vão surgindo dois tipos de reação, díspares mas complementares: ora nos rimos que nem uns perdidos com as saídas da Eleanor, ora choramos com a sua fragilidade e história. Aconselho mesmo muito esta leitura, é uma verdadeira surpresa e garanto que não vos vai desiludir. 

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16. Eu e Eles - Kristan Higgins - uma curiosidade acerca da minha pessoa: quando leio um livro de um autor até então desconhecido e gosto muito, o meu primeiro instinto é ir imediatamente ver que outros livros existem da sua autoria. Foi o que me aconteceu com a escritora Kristan Higgins. Comecei por ler o "Bom demais para ser verdade" (ler em seguida para mais detalhes) e, como adorei, soube logo que queria ler mais desta autora. Assim, quando tive oportunidade lancei-me ao "Eu e Eles" e não fiquei nem um bocadinho desiludida. Sabem o que mais gosto nesta autora? A forma como nos dá a conhecer as personagens. É de uma mestria tão grande que, a dado momento, se torna muito difícil não pensar nas personagens como nossas amigas. Por isso é que sofremos com elas, sorrimos com as suas vitórias e deliramos quando todas as peças se encaixam. Esta obra é sobre o primeiro amor e como este pode durar uma eternidade. É sobre amar tanto, que apenas se quer o melhor para a pessoa amada, ao ponto de se pensar que essa pessoa merece tão mais e tão melhor que nós. É bonito e divertido, leiam!

17. Bom demais para ser verdade - Kristan Higgins - este romance também é tão delicioso! Novamente, personagens bem construídas, sólidas e divertidas, a par com uma história que, embora algo prevísivel, não deixa de ser maravilhosa. Aquele apontamento no final é tão querido, que só dá vontade de entrar dentro do livro e ser uma personagem da história. 

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18. Reencontro com o Amor - Melissa Pimentel - pronto, novamente a lengalenga que referi acima: descubro uma escritora nova, adoro o livro e vou à caça de todos os outros que já lançou. Este foi o primeiro livro que li da escritora Melissa Pimentel (que, inclusive, pensei ser portuguesa, mas não é). Estava de férias, foi uma ótima leitura light para descontrair e um bom romance. Achei que o início não foi muito promissor, mas à medida que fui conhecendo melhor as personagens, sobretudo as principais, comecei a gostar muito. O livro alterna entre o momento atual e o passado, o que é uma forma muito gira de descobrir a história e a evolução das personagens. No entanto, senti que o final foi muito ... como dizer ... atabalhoado? Um final que se esperava e que, por isso mesmo, deveria ter sido melhor construído. Em vez disso, acaba tudo muito rápido, sabendo a muito pouco. 

19. Procura-se homem (sem compromisso) - Melissa Pimentel - este está acabadinho de ler, terminei ontem à noite. E foi uma desilusão. Não sei se a autora tentou escrever a sua própria experiência através da lente de uma personagem, mas senti que a história está cheia de buracos. Temos uma personagem principal que, mal conhecemos, e já se está a lançar na experiência que suporta todo o livro: a de seguir livros guias de encontros para conhecer homens com quem passar um bom bocado. Entendemos que a personagem tem um passado, um passado importante para percebermos o seu momento atual, mas que nunca é aprofundado. Não sei explicar-vos, mas senti que foi um livro demasiado superficial e no qual não há desenvolvimento das personagens, o que faz com que não se consiga criar uma grande ligação com elas e com a história. É certo que tem momentos engraçados e, lá para o fim, começamos a sentir que conhecemos a Lauren (personagem principal) e que ela tem muito mais conteúdo do que aparenta, que tem uma personalidade forte e destemida, mas ainda assim ... Fiquei desiludida. 

E por hoje, no que diz respeito a livros, ficamos por aqui! Não sem antes agradecer à equipa do Sapo Blogs pelo destaque, que me encheu o coração de felicidade. Sobretudo por o destaque ter sido num texto escrito em jeito de desabafo, quase que vomitado (desculpem a imagem, mas entendam no sentido metafórico). Obrigada :)

 

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