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the old soul girl

the old soul girl

08
Jan20

Body guard

girl

No fim do ano fiquei doente. Durante todo o mês de dezembro, o meu corpo andou cansado e a emitir diversos sinais de que precisava de um reset. Comecei por me sentir extremamente cansada depois veio uma infeção pequena, mas chata, veio a rinite dizer um "oi" e depois veio a febre e umas dores de garganta insuportáveis, em que só a passagem de ar pelo esófago me fazia estremecer de dor como se alguém me estivesse a esganar. Cheguei a chorar com as dores, mas tudo começou a passar assim que os amigos antibióticos começaram a fazer efeito. 

Nesses dias fui obrigada a cancelar tudo que era jantares de Natal e saídas, deixando-me ficar no ninho para o meu corpo recuperar. E esses dias foram maravilhosos, como cheguei a escrever aqui. Foram dias de descanso absoluto, de matar saudades do sofá, de ver filmes da minha infância, de ler, de estar com a minha irmã como já não me lembrava de estar. Se o meu corpo não me tivesse obrigado a parar, provavelmente não aproveitaria esse tempo tão bem, por estar sempre ligada à corrente e querer fazer tudo a toda à hora. 

Isso fez-me pensar, mais uma vez, como o nosso corpo é sábio e zela sempre por nós. Começa por nos dar pequenos sinais de que algo não está bem, mas como acontece quase sempre, tendemos a ignorar e a esticar um pouco mais a corda. Depois os pequenos sinais crescem e à medida que os vamos negligenciando, eles ficam de tal forma gigantes que deixam de ser sinais e passam a ter vida própria e impedem a nossa de correr em feição. Porque a verdade é que se o nosso corpo não nos forçar a parar, de quando em quando, jamais paramos por nós mesmos para lhe fazer a devida e correta manutenção. 

Esses dias foram terapêuticos e não apenas a nível físico. A minha cabeça estava a precisar de pausar, de entrar num ritmo mais brando e calmo. Eu estava a precisar de fazer mais as coisas que me deixam feliz e desfrutar delas em pleno, sem pressas. 

Hoje voltei a sentir alguns sinais do meu corpo. Uma necessidade de calma, de respirar fundo, de movimento. Acima de tudo a necessidade de restabelecer energia e de a focar no que é importante. Dei comigo a reagir com intensidade a coisas insignificantes e, com isso, a entrar em desequilíbrio.

Por isso, hoje pretendo dar-lhe toda a atenção e cuidado. Porque o meu corpo, os nossos corpos no geral, são autênticas máquinas que trabalham todos os dias, sem pausas, para que nos seja possível usufruir da vida e de tudo que esta tem para nos oferecer. O mínimo é ser-se grato e devolver toda a dedicação que ele nos dá. 

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