ao meu amor
Estou desde de manhã a tentar escrever algo para registar este dia, que é um dos mais importantes da minha vida. Não encontro as palavras certas. Sinto que já as gastei a todas e, ao mesmo tempo, que não existem palavras suficientes quando o tema do texto és tu.
Tu, que hoje completas mais uma volta em torno do sol. Mais uma década de vida assinalada e eu cheia de orgulho, gratidão e felicidade de poder gritar ao mundo que faço parte dela. Estou aqui há, pelo menos, metade do teu tempo de vida. E, se tu e a vida me permitirem, assim continuarei, até ao final.
Porque imaginar a vida sem ti não é um exercício que seja capaz de concretizar. É ilógico, sem razão e sentido. És tão essencial e presente na minha existência como o ar que respiro, o sol que ilumina e o céu que me envolve. Não se concebe a vida humana sem ar, certo? Da mesma forma, eu não vejo a minha vida sem estar de mãos dadas com a tua.
Tu, meu amor, que és o homem mais descontraído, mais pragmático e resoluto que conheço. És a definição de carisma, confiança e independência. Não fazes fretes, não tens medo de não ser gostado, não aceitas o que não achas justo, mesmo que até possas compreender. És um homem de objetivos e metas, trabalhador e sempre focado no nível a seguir. Ambicioso, observador, minucioso e dado ao detalhe. Consegues passar um tempo infinito a apreciar as formas de um objeto, a estudar a beleza de um espaço. Não te dás ao mundo, escolhes muito bem com quem e em que condições te deixas revelar. Passas, algumas vezes, por arrogante, mas só por aqueles que não te conhecem verdadeiramente e não sabem que atrás do teu escudo protetor, encontramos a humildade e a bondade.
Conheci-te miúdo, apaixonei-me por ti adolescente e hoje amo-te homem, adulto, senhor de si e do mundo. És o meu melhor amigo e não o digo de forma leve. És a pessoa que torce sempre pela equipa do meu eu, inclusive quando eu não o faço. És o meu amor, o meu colo, o meu abraço de paz e conforto, o lugar onde todos os pesos se tornam menos pesados, as dores menos intensas e os problemas menos complexos.
Praticamos um amor incondicional, onde aceitamos as nossas falhas e imperfeições, convivendo com elas com a pacificidade possível e aprendendo, todos os dias, a gostar um do outro não apesar delas, mas por causa delas.
Desejo-te o mundo, meu amor. Quero ser a testemunha da realização e concretização de todos os teus sonhos, sabendo, de antemão, que não se trata de um "se", mas apenas de um "quando". Quero ver-te feliz, sano, completo, sereno, a gargalhar até te doerem os músculos da barriga. Quero-te sempre, para sempre. Feliz aniversário, pequenino.