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the old soul girl

the old soul girl

12
Dez19

it's time

girl

Na última sexta-feira, tive um jantar de natal com as pessoas do meu trabalho que já ultrapassaram há muito tempo a categoria de colegas e estão instalados no grupo dos amigos. Uma mesa grande, redonda, cheia de risadas e conversas, onde coubemos todos e todos aqueles que nos são queridos. 

Como não podia deixar de ser (infelizmente), falamos muito do trabalho. Queixamo-nos, tecemos autênticas teias de críticas e sátiras a tudo o que vemos de mal na empresa onde trabalhamos e fartamo-nos de rir da nossa desgraça que, quando estamos todos juntos, não parece tão má como na verdade é. A dada altura, um dos convidados que não trabalha connosco, diz abertamente e com um sorriso no rosto que adora o seu trabalho. De repente, vários pares de olhos se focaram nele, uns de surpresa, outros de inveja e alguns de curiosidade. Como é possível existir alguém que gosta do seu trabalho?

A verdade é que não só existe uma pessoa como existem várias que, para nosso infeliz espanto, gostam daquilo que fazem e gostam do seu emprego. Alguns ainda disseram "ah, mas eu gosto do que faço, só não gosto do sítio onde o faço", tentando explicar que o problema não está na função em si, mas no ambiente onde esta decorre. 

Eu fui para a casa a pensar naquelas palavras. "Adoro aquilo que faço!". O entusiasmo, a descontração, a alegria que surgia associada ao pensamento de trabalho. Fogo, pensei eu, também quero sentir isto!  Quero encontrar esta satisfação, este sentimento de realização que transforma uma obrigação diária num desafio, numa corrida com gosto que cansa, mas cujo cansaço sabe a pouco quando comparado com o prazer sentido.

Fiquei a matutar na fórmula mágica para encontrar o pote de ouro no fundo do arco-íris e os primeiros ingredientes que surgiram na minha mente foram planeamento e coragem.

Planear a mudança é quase tão importante como a colocar em prática. Conhecendo-me como conheço, sei que jamais darei um passo em falso sem saber de antemão que chão tenho diante dos pés. Mudar de empresa, de emprego, o que for, requer planeamento, pensar em todas as possibilidades, vantagens e desvantagens, estudar meios para atingir fins. Por exemplo, estar na atual empresa, mas começar a enviar currículos para outras, ir a entrevistas, sinalizar-me no mercado de trabalho. Ou conciliar o meu atual emprego com o meu emprego de sonho, em modo part-time, de forma a que este segundo se vá tornando cada vez mais viável e sustentável ao ponto que me permita abdicar do primeiro e ser feliz a fazer o que gosto. 

Mas por mais que se planeie, um plano só ganha vida quando passamos da ideia à ação. Não adianta ter o plano todo traçado, a rota definida e, depois, não iniciar viagem. Para começar é preciso ter coragem. Atenção: não se trata de não ter medo. Trata-se de não deixarmos que o medo, elemento normal perante a mudança, nos impeça de avançar e conquistar a montanha dos nossos sonhos. Ser corajoso implica abrir mão de alguma dose de controlo e ser capaz de enfrentar o desconhecido. No meu caso, implica enfrentar as areias movediças dos meus pensamentos negativos, que gostam de me mostrar todos os cenários negativos possíveis e de me colocar a pensar numa série de questões que variam entre "e se eu falhar?" e "e se eu estrago tudo?". 

O ano está a chegar ao fim e eu sinto que em 2020 um dos meus objetivos principais passa pela minha vida profissional. Como sou uma pessoa cautelosa e muito conscienciosa, nestes primeiros dois anos após a faculdade a minha prioridade assentou sempre em adquirir experiência e juntar dinheiro. Não me preocupei com o esforço despendido, com a exigência da tarefa, com o gostar ou não do que estava a fazer. O meu foco foi sempre trabalhar, sem olhar a prazer nem vontades. E confesso que resultou bem até chegar ao momento em que senti que, no lugar onde estou, não há grande margem de evolução nem de aprendizagem. Sinto que o meu percurso neste lugar alcançou o patamar do conforto: sinto-me segura na minha função e nas responsabilidades que me são atribuídas, estou integrada e sinto-me em casa. E isso é ótimo, por um lado, mas não posso ser hipócrita comigo mesma: é o caminho do conforto e da facilidade. Quero algo que me apaixone, que me desafie um pouco mais. E, acima de tudo, quero paz de espírito. Não quero passar os meus dias a sentir as contrações na barriga, a respiração presa, o ter de pensar mil vezes antes de falar e ter de ser uma pessoa que não sou. 

Sinto que está a chegar a fase em que preciso de aplicar as minhas paixões ao lado profissional da minha vida. Tirar mais proveito do que gosto de fazer e, com isso, ter sustentabilidade económica. Quero ter uma vida confortável, claro que quero, todos queremos. Mas até ao momento, sei que apenas vivemos uma vez e não quero sentir que ando a desperdiçar tempo. Porque, infelizmente, é o que tenho sentido nos últimos tempos, que ando a deitar fora a dádiva que é o tempo e que não há forma nenhuma de o comprar ou recuperar. 

Vou estar sempre grata por este trabalho, sobretudo pelas tais pessoas a quem hoje chamo amigas e sei que o continuarão a ser para sempre. Mas passados dois anos e tendo cada vez mais presente a ideia de que o amanhã não nos é garantido, começo a pensar na vida de forma diferente. Mais radical, mais solta, mais leve. Quero tanto honrar a oportunidade que é viver cada dia mais um dia. Quero tanto que, quando o fim chegar, haja um sentimento de que aproveitei e fui feliz. Está na hora de começar a desenhar o plano e, acima de tudo, reunir a coragem de o por em ação. Está na hora.

 

26
Out19

win win situation

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Este ano tenho feito um esforço para investir em cultura. Não falo do dinheiro gasto em livros, porque isso ultrapassa qualquer questão cultural, é mesmo uma paixão de e para sempre. Falo de ir a concertos, peças de teatro, espetáculos, tudo o que obrigue sair de casa e regressar com a sensação de enriquecimento. 

Faço parte daquele grupo de pessoas que quer sempre ir a x e a y, mas depois acaba por não ir a lado nenhum. Seja porque não compro logo os bilhetes e depois estes esgotam, ou porque me esqueço completamente e quando me torno a lembrar já passou a data. Ou ainda porque dou ouvidos àquela vozinha irritante que sempre nos diz "podes usar esse dinheiro para outras coisas" ou "se calhar não queres mesmo ir a isso". Para contrariar todos estes motivos, ultimamente mal vejo o anúncio a algum concerto ou espetáculo que me chame à atenção e me desperte a mínima vontade de ir, compro logo os bilhetes. Sem pensar duas vezes, porque se o fizer o mais certo é nunca carregar no botão "avançar" do carrinho de compras. 

Posso dizer que até agora não me arrependi uma única vez. Mais: de cada vez que vou, penso que tenho de ir mais e questiono-me porque não o faço mais vezes. Porque a vida é para ser aproveitada, para nos divertirmos, emocionarmos, sermos surpreendidos. Ir é sempre melhor que ficar. 

Hoje acabei de comprar bilhetes para ir ao concerto do Harlem Gospel Choir em dezembro. Ando há anos para ir ver um concerto deles, é um item que está na minha bucket list desde sempre e finalmente, passados séculos, vou ter oportunidade de realizar este desejo. Ainda pensei muito antes de comprar, medi todos os prós e contras, mas depois rapidamente percebi que é quando começamos a analisar todos os pequenos detalhes que dificilmente passamos à ação, pois encontramos sempre algo que nos impede de avançar. 

Por isso, há que viver mais, pensar menos. Usufruir mais do que temos de melhor nesta vida que é, sem qualquer dúvida, a arte, seja ela de que tipo for. 

14
Out19

dream big or go home

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Iniciei a minha vida profissional há um ano e meio, quase dois. Saída da faculdade, fresquinha, tive uma oportunidade quase imediata à defesa da tese de mestrado e ingressei num estágio profissional. Este estágio deu origem a mais uma oportunidade, à de ficar na empresa, que aceitei sem reservas. Afinal, para quem está a começar, as exigências não podem ser muitas e além de ser na minha cidade natal, o salário oferecido era/é bom. 

Quando penso nos tempos de estudante, 17 anos depois, sinto que foram os melhores anos da minha vida. Nunca me senti cansada de ser estudante. Nunca tive pressa em entrar no mercado de trabalho e nunca ansiei pelo fim da vida académica. Sempre gostei de estudar, porque estudar sempre foi sinónimo de aprendizagem. Mesmo nas disciplinas e cadeiras mais chatas, sinto que aprendi sempre alguma coisa. Nunca foi um desperdício de tempo. E na faculdade o meu gosto por aprender intensificou-se, porque estava na minha praia. Gostei verdadeiramente do meu curso e, para quem escolheu às cegas, sempre senti que tinha sido um golpe de sorte. As expectativas nunca foram muito elevadas, por isso, quando cheguei à faculdade foi tudo uma agradável surpresa. Tudo era novo, mesmo na minha mente, que não tinha criado qualquer imagem ou projeção. E como gostava tanto do que estudava, ir às aulas nunca era um sacrifício (não faltava nunca, nem mesmo às mais chatinhas) e isso refletia-se nos resultados obtidos. 

Foi na faculdade que aprendi que quando fazemos as coisas por gosto, cansamo-nos na mesma, mas a satisfação é mais forte do que qualquer cansaço. O gozo e o desafio permitem aguentar qualquer tormenta, porque sabemos que chegaremos sempre a bom porto. Por isso, quando cheguei ao mercado de trabalho, vinha preparada para me cansar, mas também para me sentir satisfeita, realizada. 

Devido à escassez de oportunidades na minha área de especialização, fui obrigada a seguir um plano alternativo. Ainda dentro da minha área de estudo, mas mais distante daquilo que realmente me enchia a alma. Não fiquei triste nem preocupada, afinal só queria uma oportunidade e sabia que podia sempre resgatar o meu sonho mais tarde. Não entrei a pés juntos, entrei com o pé direito: não era o que tinha sonhado, mas seria bom na mesma. E foi e é. Não posso dizer que não gosto do que faço, porque estaria a mentir. Gosto de quase tudo o que faço. Somente não gosto de como e onde o faço. E, com isso, não consigo sentir-me satisfeita nem realizada.

Hoje, à hora de almoço, eu e os meus colegas falávamos sobre segundas-feiras. Como são difíceis, como o domingo à tarde já é vivido com angústia e algumas pontadas de depressão. Questionei-os "será que as pessoas que adoram o que fazem também se sentem assim às segundas-feiras?". Esta é uma questão que me coloco muitas vezes. Porque sei que não existem trabalhos perfeitos, não há bela sem senão, mas também sei que nada na vida é perfeito e, muitas vezes, o que mais gostamos nas coisas, nas pessoas e nos momentos são as suas imperfeições, que as tornam únicas. Então, porque é que não conseguimos gostar do que fazemos mesmo com as suas imperfeições? 

Para algumas pessoas este é um não assunto. O meu namorado, por exemplo, não procura realização pessoal no trabalho; fica feliz se o salário for chorudo. A sua insatisfação só advém da sensação de que recebe pouco para o trabalho que faz. Mas para mim, que sempre valorizei tanto a satisfação e consegui obtê-la em quase tudo em que coloquei a minha dedicação, o salário não é tudo. Ao fim de quase dois anos, que considero ser significativamente nada em termos de tempo, sinto-me esgotada e quase nada satisfeita. Talvez realizada por ter aprendido coisas novas, por ter compreendido como funciona o mundo do trabalho, por ter conhecido pessoas novas, mas tudo isso, ao fim de pouco tempo, é história. As coisas novas transformam-se em aprendizagens consolidadas, a forma como funciona o mundo profissional é decrépita e confrontamo-nos diariamente com injustiças e as pessoas novas nem sempre são agradáveis surpresas. 

Assim, questiono novamente: será que as pessoas que adoram o que fazem sentem que têm de trabalhar algum dia das suas vidas? O período em que estava a escrever a minha tese de mestrado, foi um período muito conturbado. Adorava o meu tema, a minha investigação, mas tinha uma desorientadora de tese: uma professora que era capaz de dizer que o sul era para o lado norte. Uma pessoa extremamente desorganizada, que lia as coisas na véspera, que fazia uma pessoa sentir-se vulnerável, perdida e muito pouco confiante acerca do seu trabalho. Naquela época, eu olhava para essa etapa - a de escrever e defender a tese - como a mais difícil e exigente da minha vida até então. Era o grande desafio e todos os dias me questionava se seria capaz de fazer um bom trabalho, que espelhasse as minhas competências, que falasse por mim. Mas mesmo nesse mar de ansiedade, de medos e receios, de noites mal dormidas, eu consiga sentir-me realizada. Acreditem: era um autêntico pesadelo trabalhar naqueles moldes, mas quando me dedicava só a escrever e a criar, sentia-me no meu pequeno paraíso. E extremamente realizada. 

O meu trabalho atual, sinto que o faço bem. Considero-me competente, mas sei que não vou evoluir muito mais do que evolui até à data. Não porque já tenha aprendido tudo (essa coisa de aprender tudo simplesmente não existe ), mas porque não há possibilidade de crescimento aqui dentro. E não falo em termos hierárquicos, de chegar a uma posição de chefia. Falo a nível de realização. Não há estímulo, não há criatividade, não há desafio. O único desafio é manter a sanidade mental, compreendem? A nível de trabalho, não há espaço, não há autonomia para tentar. Primeiro, porque podemos ser altamente punidos se tentarmos e correr mal; depois, porque se somos punidos por tentar, como é que podemos estar dispostos a tentar futuras vezes? Deixamo-nos estar, no nosso canto, com as nossas tarefas básicas, seguras e sem qualquer pontinha de satisfação. 

Não me interpretem mal: sei que não existem trabalhos perfeitos. E, por vezes, é tudo uma questão de matching: a pessoa certa para a empresa certa. Eu sei que estou na errada, mas a fórmula que pode não funcionar comigo, pode ser a chave de ouro para outra pessoa. Sei que nem tudo na vida são rosas e aceito-o: afinal, mantenho-me neste emprego porque, nesta fase da vida em que me encontro, são mais as razões que me prendem do que as que me libertam. Mas, ainda assim, não consigo deixar de pensar que a cada dia que aqui me mantenho, é menos um dia de satisfação, de realização, de sensação de estar no sítio certo. 

Escrever permite-me organizar as gavetas de ideias da minha cabeça. Às vezes só sinto que não estou bem aqui, mas quando escrevo consigo saber os motivos do porquê: porque me falta satisfação. Falta-me prazer. Falta-me adrenalina daquela boa, que nos estimula. Falta-me desafio. Talvez seja demasiado freudiana por pensar que amor e trabalho são as duas grandes esferas da vida do ser humano, mas é a minha verdade. No meu caso, não se trata de ser o trabalho perfeito: trata-se de ser um trabalho imperfeito, cujas imperfeições eu seja não só capaz de aceitar, mas também de gostar. Aí sim, sentirei que as segundas-feiras não são difíceis. 

 

10
Out19

em modo de jacto

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o meu dia começou tão bem. dormi muitíssimo bem, abraçada pelo novo edredon quentinho. tive oportunidade de ver o dia nascer, o sol a acordar e o céu a transformar-se numa paleta de cores lindíssima. meditei, como faço todas as manhãs, e preparei-me para mais um dia de trabalho. quinta-feira, o primo da sexta. a sensação de que estamos mesmo quase a cortar a meta, mas ainda falta um último esforço.
gargalhadas em casa, miminhos no carro. chego ao trabalho sempre com um sorriso no rosto, porque acredito que ninguém merece levar com as nossas dores e dramas. "bom dia!" digo alto, em bom som, e com um sorriso generoso. para mim sorrir é a cafeína de que preciso para enfrentar mais um dia. lá vou eu, pelo corredor da empresa, a distribuir sorrisos e boa energia. assim custa menos, penso eu.
quando o trabalho efetivamente começa, nem sempre é fácil continuar com esta boa disposição. aliás, não é fácil, é praticamente impossível. só mesmo com muito esforço.
e depois há dias como o de hoje. o dia começa bem, maravilhoso, mas à medida que vai passando, não é apenas a energia que vai sendo consumida. é toda a satisfação, a vontade de fazer mais, de fazer melhor.
ontem corrigiram um erro meu. por norma, aceito as chamadas de atenção com exigência: a que tenho comigo mesma e com o meu trabalho. não há ninguém que se castigue e puna mais do que eu comigo mesma. mas ontem, surpreendentemente, não senti qualquer pressão vinda de mim. pelo contrário, aceitei tranquilamente, pacífica. e foi esta falta de interesse que ligou um alarme dentro de mim. porque eu nunca sou assim. sou comprometida com as coisas. dou sempre o meu melhor, não fosse o meu lema de vida "para ser grande, sê inteiro". por isso, quando dou por mim a contentar-me com ser medíocre, a nem sequer ficar chateada comigo mesma por falhar, é hora de fazer alguma coisa.
desde que estou neste trabalho, o lema tem sido "aceitas ou mudas", porque é certo que as empresas dificilmente mudam. ou aceitamos as coisas como são ou mudamos nós.
só que mudar, na situação atual em que me encontro, é muito complicado. apesar de trabalhar num local que suga tudo o que há de melhor nas pessoas, o meu emprego é estável, recebo bem tendo em conta o panorama nacional e da minha profissão, estou pertíssimo de casa, gosto muito dos meus colegas de trabalho e integrei-me muito rápido. às vezes penso que os motivos que existem para mudar são tão pequeninos. a questão é que, embora pequenos, são demasiado fortes e gritantes para ignorar. são pequenas partículas que vão contra todos os meus valores, tudo aquilo que acredito no que diz respeito à forma como se devem tratar as pessoas, como deve ser um bom ambiente de trabalho. e eu sou teimosa com estas coisas. sobretudo em tudo aquilo que diz respeito a pessoas. não consigo evitar ser assim.
o dia começou mesmo muito bem. quase todos começam. mas quando subo as escadas para o meu gabinete, a barriga começa a apertar, a contrair-se num pequeno feijão e, quando dou por ela, é difícil respirar. não é no sentido literal da respiração, é no sentido em que todo o ar do mundo parece insuficiente para aguentar o ambiente saturado, asfixiante e tenso em que passo a maior parte do dia, aliás, as melhoras horas do dia. quando regresso a casa, a disposição para o que quer que seja é quase nenhuma. os dias repetem-se numa rotina enfadonha, aborrecida, que ou é má ou muito má. e esta lufa-lufa quotidiana, o vício de estar sempre a queixar e resmungar do mesmo cansam. é por isso que sinto que tenho de mudar. e estou a escrever tudo isto para que o que sinto há tanto tempo venha cá para fora. para que se materialize em palavras. palavras que espero, um dia, escrever numa carta. a carta que ditará o fim de um capítulo e o início de outro: a de demissão.

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