2019 foi o ano em que ... #2
... descobri a escritora Colleen Hoover. Sabem quando descobrem algo maravilhoso e se questionam como é que foi possível viverem tanto tempo sem saber que existia algo assim tão bom? Pronto, é assim que me sinto em relação à Colleen (olhem só para mim a tratá-la pelo primeiro nome, como se fossemos as melhores amigas)!
Comecei por ler o Confesso e não fiquei deslumbrada, embora ache que tenha sido mais culpa minha do que do livro. Não o li no momento ideal, o que fez com que não me envolvesse tanto na história como seria de esperar, porque esta tem todos os ingredientes para ser viciante.
Depois aventurei-me no Caso Perdido e este sim, foi paixão à primeira página. Arrisco a dizer que foi dos melhores livros que li este ano e quando terminei, fiquei com uma sensação de vazio que somente os bons livros são capazes de provocar. O que me valeu foi descobrir que existia outro livro, o Uma Nova Esperança, que contava a mesma história, mas na versão do outro protagonista. Escusado será dizer que adorei e a sensação de vazio só amplificou.
A essa altura, já considerava a escrita e a criatividade da Colleen fora de série. Não há dúvidas que a autora tem a capacidade de nos envolver em histórias deliciosas e que têm sempre um turning point, causando sempre surpresa e deslumbre. Assim aconteceu com o Amor Cruel, que li praticamente em duas noites, chegando ao fim sem sequer me aperceber. Inicialmente, senti que tudo se estava a desenrolar demasiado rápido, sem haver cadência e tempo para absorver a história e conhecer as personagens, mas adiante compreendi que até esse ritmo aparentemente veloz fazia parte da história que a Colleen criou.
O 9 de Novembro esteve na mesinha de cabeceira algum tempo, não porque não tivesse vontade de o ler, pelo contrário, mas pela certeza de que assim que o iniciasse não seria capaz de parar. Dito e feito. Sofri com as personagens deste livro como se todos os infortúnios estivessem a acontecer-me a mim e confirmei que a Colleen tem um dom que só lhe permite criar histórias incríveis.
E eis que é lançado o Verity, que foi um autêntico murro no estômago de tão assustador e fantástico que é, tudo ao mesmo tempo. A Colleen afasta-se completamente do seu registo habitual, mas só comprova que escreve bem qualquer coisa, até mesmo uma lista de tarefas. A sério, este livro é tão intenso, chega a ser macabro, que quando o lia, tinha necessidade de fazer pequenas pausas para recuperar a respiração e desenrolar o nó criado na barriga.
O último que li, li em inglês e foi o Maybe Someday. Este é apenas o primeiro de três e posso assegurar que os restantes já foram encomendados e estão a caminho, porque este livro não é apenas um livro. É uma obra de arte que concilia a escrita com a música. A Colleen colaborou com o músico Griffin Peterson e todas as músicas escritas pelas personagens na história existem na realidade, pela autoria deste músico. Deixem-me fazer um parênteses para falar um bocadinho acerca de Griffin Peterson: as músicas são espetaculares! Não sei se é por ter lido os livros (sim, porque além das músicas do Maybe Someday, o cantor também escreveu duas, uma inspirada no 9 de Novembro e a outra no Amor Cruel) e a história de todos eles ainda estar tão presente em mim, mas dou por mim a ouvir as músicas dele em nonstop. E sempre com uma sensação de felicidade e paz a acompanhar. Aconselho-vos vivamente a ouvirem, porque é mágico.
Posto isto, a Colleen ocupa, sem qualquer sombra de dúvida, um lugar cativo na minha biblioteca e no meu coração. Continuarei a ler todos os livros já publicados que ainda me faltam ler e lerei todos os que forem publicados no futuro. Para mim, foi uma das descobertas literárias mais felizes que fiz em 2019.