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the old soul girl

the old soul girl

07
Set23

my little sister

girl

Eu sou a mais velha, mas ela é a que dá o exemplo e me inspira. É a pessoa mais hilariante que conheço, aquela a quem tudo lhe acontece e a forma como relata as suas peripécias ainda as torna mais caricatas. É uma contadora de histórias nata e os momentos em que o faz, são aqueles em que me sinto mais focada no aqui e no agora, são o verdadeiro mindfulness. Acho que nunca ouvi uma história sua até ao fim sem me rir às gargalhadas. Sabem aquela galhofa boa, que nos faz doer os músculos da barriga e ficar em apneia? Com a minha irmã são incontáveis esse tipo de situações e memórias. 

Ela é a minha representação de coragem. Prefere sempre uma verdade dura a uma mentira, uma desilusão a um estado de felicidade e inocência não reais. Tem medos e fragilidades, mas não deixa que estes a limitem. Pelo contrário, abraça-os, trabalha-os, investe ativa e continuamente na sua evolução e melhoria. Face a um desafio, o entusiasmo vence sempre o medo. Não teme o fracasso, conhece-o de perto e isso apenas a transformou numa pessoa melhor, mais real e autêntica.

É sensível, compassiva e tão, mas tão justa. Procura sempre defender o lado mais frágil da balança, usa a sua voz para defender causas e ideias, sendo raras as situações em que a ouvi criticar alguém. É inteligente, culta e tem a rara capacidade de explicar de forma simples o que é complexo. 

É dona de uma beleza clássica, com um sorriso que ilumina qualquer espaço em que entre. Talvez porque sorrir é-lhe tão natural como respirar. Tem um toque de fada mágica dos bosques, seja lá o que isto queira dizer. 

É a minha protegida, a minha confidente, a única pessoa neste mundo que conhece todos os meus lados, ângulos e recônditos. Não faz anos hoje, não há nenhum motivo especial para lhe dedicar estas palavras. Nem tem de existir. Ela faz parte da minha lista diária de gratidão, tem um lugar cativo na enumeração de todas as coisas e pessoas pelas quais agradeço todos os dias. E hoje, que me apeteceu começar o dia a pensar naquilo que me faz sentir bem e imensamente feliz por estar viva, as minhas palavras são sobre ela e para ela. A minha irmã mais nova, o meu coração que bate fora do peito. 

04
Set23

mad world

girl

Nem sei muito bem como começar a escrever este post, porque sei, de antemão, que isto poderá dar pano para mangas. Mas é um tema que me anda a consumir nos últimos tempos e que me tira do sério, por mais que eu tente ser pacífica e a favor da paz. 

O que é que se anda a passar com as pessoas? Será que as pessoas sempre foram mesquinhas, más, reles, e eu é que não via? Ou escolhia não ver? Ultimamente, tenho-me confrontado com situações que me deixam estupefacta e, honestamente, muito desiludida. Talvez porque cresci a acreditar que as pessoas são genuinamente boas, que existe sempre um contexto no qual podemos enquadrar um comportamento, uma atitude e que se isso não justifica tudo, pelo menos ajuda-nos a compreender um pouco mais. 

Primeiro, no trabalho. Eu já sei que as pessoas tendem a revelar o seu lado menos bom e mais aguçado em ambientes de grande pressão, onde o stress está ao rubro e nos faz funcionar em modo de luta ou ataque. Mas isso não me permite compreender o porquê de as pessoas tomarem a decisão, deliberadamente, de prejudicarem outros colegas, só porque sim. Porque entre estarem sossegados a fazer o seu trabalho ou a regarem os outros a gasolina e atirarem-lhe um fósforo para cima, preferem a última opção. Preferem os conflitos, sendo muitas vezes os criadores dos mesmos. Apontam o dedo a tudo e a todos, esquecendo-se de que, muitas vezes, ganhamos mais se olharmos para os dedos que temos apontados a nós próprios. Há pessoas que acordam e escolhem vestir esta pele de lobo, de vilão e isso nunca deixará de me chocar. No dia em que me tornar imune a tal coisa, é porque me perdi de mim mesma e dos meus valores. 

Mas não é apenas no trabalho que encontro estes rasgos de estupidez e malvadez. Pensei muito se deveria trazer este tema para cima da mesa, porque não queria dar palco e microfone a algo que considero ser um mero sussurro, insignificante. Mas, ao mesmo tempo, acho importante marcar a minha posição, porque me sinto cansada de ser testemunha deste tipo de comportamentos. Estou a referir-me a um anónimo, seja lá ele quem for, até podem ser vários, que comenta os posts deste blog recorrentemente. Comenta também outros blogs, porque já o/a encontrei noutras secções de comentários e pelo estilo da escrita, tratar-se-á certamente da mesma pessoa. Este anónimo não é ofensivo, não chama nomes, não é mal educado. Mas destila a sua mesquinhez em todos os textos que escrevo. Por norma, questiona-me sempre qual é a utilidade dos meus textos e qual é o interesse que os outros têm em ler as coisas que eu escrevo. Chega ao ponto de questionar comentários que me são deixados, porque se acha senhor/a da razão. 

E agora, questiono eu: qual é o seu objetivo? Se não gosta deste tipo de partilha, se não se identifica, se não lhe interessa, para quê dar-se ao trabalho de incomodar alguém? Aproveite a sua liberdade de expressão para partilhar as coisas que lhe interessam, que o apaixonam, que o fazem sentir bem. Usufrua da sua capacidade de escrita e escreva os seus próprios textos, deixando os outros sossegados a fazer o mesmo. Não consigo conceber como é que alguém tão insatisfeito com aquilo que escrevo, pode ser uma presença tão constante e assídua neste espaço. Não me faz sentido. Do mesmo modo, que não consigo desvendar o que leva uma pessoa a sentir-se no direito de fazer este tipo de comentários. Se eu sei que não vou acrescentar nada, que apenas vou destabilizar e chatear, eu remeto-me ao silêncio. No limite, se me sentir muito tentada a comentar um tema polémico, a marcar a minha posição, tento fazê-lo com maior respeito possível pelo outro e pela sua visão. 

Não sei o que se passa com o mundo. Evoluímos tecnologicamente, vivemos mais tempo, com uma aparente maior qualidade de vida, vamos ao espaço e já hipotetizamos mudar-nos para outros planetas, mas no meio de tudo isto, parece-me que estamos a tornar-nos menos pessoas. Estamos a perder as características que nos tornam humanos e nos distinguem das outras espécies. Entristece-me que estejamos todos menos tolerantes, menos compassivos e compreensivos. Sobretudo por termos todos vivido, até há bem pouco tempo, uma adversidade mundial que, penso eu, poderia ter sido a catapulta perfeita para nos tornarmos pessoas um bocadinho melhores. 

É normal não gostarmos de tudo, não gostarmos de toda a gente, cairmos na armadilha de fazer julgamentos errados, sermos injustos. Somos falíveis, imperfeitos e isso é o que nos torna fascinantes. No meio de tanta coisa incontrolável e que não depende de nós, acho que temos a ganhar se nos dedicarmos às coisas que podemos fazer, que estão ao nosso alcance. E contribuir para o bem-estar do outro, do que está ao meu lado, que partilha a mesma condição humana que eu, é algo que pode ser a nossa escolha. No limite, se não nos apetecer fazer o bem, ao menos que não pratiquemos o mal! 

01
Set23

ao meu amor

girl

Estou desde de manhã a tentar escrever algo para registar este dia, que é um dos mais importantes da minha vida. Não encontro as palavras certas. Sinto que já as gastei a todas e, ao mesmo tempo, que não existem palavras suficientes quando o tema do texto és tu.
Tu, que hoje completas mais uma volta em torno do sol. Mais uma década de vida assinalada e eu cheia de orgulho, gratidão e felicidade de poder gritar ao mundo que faço parte dela. Estou aqui há, pelo menos, metade do teu tempo de vida. E, se tu e a vida me permitirem, assim continuarei, até ao final.
Porque imaginar a vida sem ti não é um exercício que seja capaz de concretizar. É ilógico, sem razão e sentido. És tão essencial e presente na minha existência como o ar que respiro, o sol que ilumina e o céu que me envolve. Não se concebe a vida humana sem ar, certo? Da mesma forma, eu não vejo a minha vida sem estar de mãos dadas com a tua.
Tu, meu amor, que és o homem mais descontraído, mais pragmático e resoluto que conheço. És a definição de carisma, confiança e independência. Não fazes fretes, não tens medo de não ser gostado, não aceitas o que não achas justo, mesmo que até possas compreender. És um homem de objetivos e metas, trabalhador e sempre focado no nível a seguir. Ambicioso, observador, minucioso e dado ao detalhe. Consegues passar um tempo infinito a apreciar as formas de um objeto, a estudar a beleza de um espaço. Não te dás ao mundo, escolhes muito bem com quem e em que condições te deixas revelar. Passas, algumas vezes, por arrogante, mas só por aqueles que não te conhecem verdadeiramente e não sabem que atrás do teu escudo protetor, encontramos a humildade e a bondade.

Conheci-te miúdo, apaixonei-me por ti adolescente e hoje amo-te homem, adulto, senhor de si e do mundo. És o meu melhor amigo e não o digo de forma leve. És a pessoa que torce sempre pela equipa do meu eu, inclusive quando eu não o faço. És o meu amor, o meu colo, o meu abraço de paz e conforto, o lugar onde todos os pesos se tornam menos pesados, as dores menos intensas e os problemas menos complexos.
Praticamos um amor incondicional, onde aceitamos as nossas falhas e imperfeições, convivendo com elas com a pacificidade possível e aprendendo, todos os dias, a gostar um do outro não apesar delas, mas por causa delas.
Desejo-te o mundo, meu amor. Quero ser a testemunha da realização e concretização de todos os teus sonhos, sabendo, de antemão, que não se trata de um "se", mas apenas de um "quando". Quero ver-te feliz, sano, completo, sereno, a gargalhar até te doerem os músculos da barriga. Quero-te sempre, para sempre. Feliz aniversário, pequenino.

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